De acordo com as últimas notificações, a Itália é o segundo país com maior número de mortos pelo coronavírus, perdendo apenas para a China. O surto começou em dezembro e, hoje, ultrapassa mais de 7.375 pessoas infectadas, sobrecarregando o sistema de saúde. Na tentativa de conter o avanço do COVID-19, o Governo italiano decidiu tomar medidas drásticas, afetando a rotina dos habitantes.
Dentre as mudanças feitas pelo primeiro-ministro do país, Giuseppe Conte, na última semana, estão o fechamento de escolas, academias, reuniões, e outros locais, e eventos que possibilitam grandes aglomerações. Nos últimos noticiários, multas têm sido aplicadas para reter os cidadãos em casa.
De acordo com os médicos, vírus circula na Itália desde janeiro
Apesar do primeiro caso de contágio da doença ter aparecido em fevereiro, é muito provável que o vírus estivesse presente no país há aproximadamente dois meses, mesmo sem ter sido detectado — apontam especialistas.
A gravidade da situação se deve ao fato de que o desenvolvimento da doença para quadros graves ocorre somente em uma minoria de pacientes, mas o número de infectados é alto. Chega-se a esta conclusão, pois, as manifestações pulmonares tendem a aparecer depois de 10 dias ou mais após o surgimento dos sintomas.
Medida radical de contenção
Na última terça-feira, a quarentena de todos os habitantes da Itália foi imposta como medida radical e necessária de contenção do vírus COVID-19. Todos os habitantes só podem sair de casa por motivos de saúde ou trabalho e devem comprovar a necessidade.
Dentre os países da Europa, a Itália é a que enfrenta a situação mais crítica, tendo alcançado a morte de 463 habitantes. Em Portugal, medidas de contingência estão sendo anunciadas devido aos 39 novos casos e mais de 300 exames aguardando a comprovação.
Pânico generalizado
Após as medidas de contenção do vírus serem anunciadas, muitos consumidores compraram alimentos e produtos para suprimentos essenciais em supermercados, mesmo o Governo pedindo para que a população não entrasse em pânico.
Além do susto generalizado, a manifestação do coronavírus afetou também o setor econômico. A bolsa caiu mais de 11% e só veio a recuperar 3% na última terça. O aumento de empréstimos no país disparou, provocando temores sobre uma possível crise, com a segunda maior dívida da zona do euro.
Apesar dessas mudanças, e de outros problemas relacionados, que vêm afetando o cotidiano da população, o transporte público continua em funcionamento.
A medida visa a manutenção do trabalho dentro do país e não regressar ainda mais a economia. O sacrifício, que implica todas essas imposições, é uma tentativa de evitar que o problema se agrave ainda mais a curto prazo.
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